Pronto, já não é mais um monólogo... Mas sabe que do tempo pouco sei, pois as horas tem sido um falcão a mergulhar atrás de uma presa, do conhecimento. Ana D.Echabe

terça-feira, fevereiro 22, 2011

No silencio de uma tela em branco

Natureza Íntima
Cansada de observar-se na corrente
Que os acontecimentos refletia,
Reconcentrando-se em si mesma, uma dia,
A Natureza olhou-se interiormente!

Baldada introspecção! Noumenalmente
O que Ela, em realidade, ainda sentia
Era a mesma imortal monotonia
De sua face externa indiferente!

E a Natureza disse com desgosto:
"Terei somente, porventura, rosto?!
"Serei apenas mera crusta espera?!

"Pois é possível que Eu, causa do Mundo,
"Quanto mais em mim mesma me aprofundo,
"Menos interiormente me conheça?!
Nesta estação mais profunda de minha inspiração encontro nas palavras de Augusto dos Anjos a silenciosa fala dela comigo, eu com ela, Dona Tela’s.
Momento este que só sobre a exaustão dos 90% da transpiração, originada pelos 10% de inspiração que atinjo o meu objectivo na pintura nesta nova serie que estou desenvolvendo. É  neste dialogo intimo que ficarei por alguns longos dias. Assim estarei um pouco afastada da casa Fluidific’Art,
 Mas sintam-se a vontade, pois a aqui a casa é sua.  

7 comentários:

Aleatoriamente disse...

Nossa Ana que profundo e lindo.
E que bela esta imagem, parece um poema de todas as falas.
Um estar por dentro da intensidade.
Sempre me sinto em casa aqui meu anjo.

Beijo
Fernanda

Suzana Guimarães disse...

Vou contigo, mesmo não sendo pelo mesmo motivo.

A fotografia é a minha cara, é assim que gosto da maioria das imagens.

E, poderia ser eu aquela ali.

Beijos, Ana.

Luisana Gontijo (Lu) disse...

Ana, querida,

Delícia vir por aqui!
Poesia e paz por todos os cantos!
Saudade de você, mas é bom saber que está a se refazer energeticamente por aí!
Beijos!!!

sideny disse...

Olá ADiniz

Bonita foto.

desejo-te uma boa semana.

beijinhos

Suzana Guimarães disse...

MOÇAA!

Ouviu meu grito aí?
Saudades, saudades... agora leia miúdo porque o coração está pequenininho...

Beijos,

Suzana/LILY

Menina no Sotão disse...

Passando por aqui depois de sumir e voltar. Você me pegou pela pele. Esse poema me fez navegar pelo mundo inteiro em frações de segundos.
Que bom isso. Esse sentir me despe. Muito bom mesmo. Bacio

Suzana Guimarães disse...

Deixei este comentário no Blog de uma amiga, copiei para você.

"Já me vesti de palhaço, odalisca, melindrosa... já fiquei de pouca ou muita roupa. Estou aqui, lembrando-me com você, fiz o que você fez, amanheci procurando pão na padaria, toda (des)fantasiada.

Depois fui pro mato. Depois, fiquei dentro de casa. Hoje, liguei para o consultório de um médico amigo meu, no Brasil, eu não iria poder falar com ele, retornaria na segunda-feira, eu disse à secretária. Ela disse que só na quarta-feira, após às 12h, estranhei... ela disse que aí era Carnaval. Percebi a minha realidade, é claro que eu sabia, através da Internet, dos meus parentes, da minha mãe... mas, o estrangeiro não registra fatos distantes, ele ouve, mas não registra. Fica então a recordação. A lembrança."

Beijos,

Suzana/LILY

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