Pronto, já não é mais um monólogo... Mas sabe que do tempo pouco sei, pois as horas tem sido um falcão a mergulhar atrás de uma presa, do conhecimento. Ana D.Echabe

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Trilhos


Mais um ponto, outra cidade.
Uma estação,
O trem.
Pela janela,
Um banco
Uma moça
Seu olhar
Apreensão, tristeza.
Ação, reajo
Vou ao seu encontro,
Ajuda?!
Conversa
Tempo, hora, ora.
Então, logo
Sorrisos, gargalhadas.
O trem
Sumiu.
Eu continuei,
Por instante tiro meu olhar do seu
Surpreendo-me ao ver o outro lado da paisagem.
Convido a para irmos caminhar
No campo rasteiro de margaridas.
Então, outra vez sorrimos, cantamos,
Brincamos nos acariciamos.
Ao longe escuto o apito do trem,
Não tinha certeza,
Corri até o trilho, ajoelhei-me.
E encostei meu rosto para ouvir
Sobre o ferro vibrar o som do carrilhar do trem.
Vou até ela
Estendo a mão
Convido a embarcar,
Para seguirmos juntas no trem que chegara.
Ela volta, senta-se no banco.
Seu olhar se dispersa mais que o apito do trem
Diz-me que estaria à espera de sua bagagem
Que havia deixado em outra estação.
A fumaça que pairava no local nos separava por instantes
Entro no trem, sento-me outra vez na janela,
Olho em seus olhos, redondos, cor de mel,
Não despeço, me falta coragem de dizer adeus, •.
Desejo encontra lá outra vez.
Sigo meu caminho
Chegando a outra estação recordei-me,
Que havia deixado minha bagagem na outra cidade
Deixarei meu endereço para que enviem minha bagagem.

3/01/2009

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